Pacientes do Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, reclamam que têm que fazer fila desde cedo na porta da uni...
Pacientes do Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, reclamam que têm que fazer fila desde cedo na porta da unidade para pegar senha para marcar consulta. Alguns chegam a levar cadeira de praia para sentar por causa da espera.
A fila era grande no início da manhã desta sexta-feira (2), mas ao perceber que a equipe do Bom Dia Rio chegou ao local, os funcionários começaram a colocar os pacientes para dentro do hospital.
Há pacientes tentando marcar exames com especialistas, solicitações de atendimento na emergência e de transferência de parentes internados para outras unidades.
Uma placa informa que estão suspensas temporariamente as consultas e exames ambulatoriais e que o atendimento é só para as emergências.
Um funcionário que não quis se identificar disse que o hospital está sempre cheio porque atende pacientes de várias regiões.
Moradora de Caxias, Maria das Graças contou que precisa fazer um exame nas pernas e por isso foi à unidade na sexta-feira passada (25). Depois de esperar das 5h até o meio-dia, ela foi informada que precisaria retornar nesta sexta-feira. E que segue aguardando sem informação.
"A gente fica aqui até meio-dia, 1 hora, com fome, com sede e eles não dão uma solução de nada. Um descaso com a gente danado. Na hora de pedir voto, eles vêm, mas na hora que a gente precisa, eles abandonam a gente", disse.
Há relatos também de problema nas transferências.
Maurílio da Silva Lúcio precisa fazer uma cirurgia nos rins para retirada de cálculo renal, mas conta que não consegue ir para outra unidade.
"Aqui não faz esse procedimento. Preciso ser transferido para o hospital federal, no Centro do Rio. E quanto mais tempo passar, as coisas vão piorando", disse.
O pai de um jovem de 18 anos com câncer também relata problemas para conseguir transferência para o filho.
“Meu filho tá internado no Hospital Moacyr do Carmo em estado grave, com câncer. Nós conseguimos uma liminar na Justiça, protocolada, e infelizmente nem assim nós conseguimos a transferência do meu filho para um hospital especializado em câncer”, falou.
Procurada, a prefeitura informou que o paciente com câncer "foi acolhido e está recebendo todo o cuidado médico possível para o tratamento em leito de CTI" e que ele será direcionado para um tratamento hematológico em função do diagnóstico de leucemia.
Sobre o caso do Maurílio, a prefeitura disse que ele vem recebendo acompanhamento de um urologista.
Via G1
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