Estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos investigados, e 15 mandados de busca e apreensão de caminhões-tanques utilizados no transporte de combustível.
Investigadores estimam que a organização criminosa faturava até R$ 4 milhões por mês
DUQUE DE CAXIAS - A Polícia Civil faz na manhã desta quinta-feira uma operação contra furto e adulteração de combustíveis em Duque de Caxias , na Baixada Fluminense. Estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos investigados, e 15 mandados de busca e apreensão de caminhões-tanques utilizados no transporte de combustível. A ação se concentra nos bairros Jardim Primavera e Pilar. Até agora, 18 pessoas já foram presas.
A ação é o desdobramento de uma investigação da 60ª DP (Campos Elíseos) que começou há oito meses. A operação Saccularius aponta que a quadrilha movimentou R$ 8 milhões em roubo e adulteração de combustíveis. Os bens dos investigados serão bloqueados pela Justiça.
A investigação identificou integrantes de uma organização criminosa, que por meio de empresas legais e com atuação no transporte de combustíveis, desviavam parte da carga em diversas garagens em Duque de Caxias conhecidas como “biqueiras”, destinando-a ao comércio clandestino.
Segundo as investigações, os desvios de combustíveis ocorriam em todo transporte realizado a partir do carregamento nas distribuidoras da área da REDUC, variando a quantidade roubada, desde as chamadas “cotinhas” de 60 a 120 litros, chegando a furtos significativos de até mil litros, quando muitas vezes o conteúdo do caminhão-tanque era complementado com solventes, promovendo, assim, sua adulteração.
Faturamento mensal de R$ 4 milhões
Estima-se que a organização criminosa faturava R$ 4 milhões por mês. A atividade criminosa era tão lucrativa que alguns motoristas posicionados na base do organograma hierárquico trabalhavam para os empresários sem salário e vínculo trabalhista formal, auferindo renda exclusivamente com parte do combustível subtraído, chegando a lucrar R$ 6 mil semanais.
As empresas lucravam legalmente com o transporte de combustível e ilegalmente com os desvios, abastecendo seus próprios caminhões e revendendo a receptadores, além de não arcarem com salários, recolhimento de encargos trabalhistas, previdenciárias e tributos.
Via O Globo
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