O projeto Movimenta Caxias, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é um das iniciativas que estão ajudando pessoas carentes a sobreviver...
O projeto Movimenta Caxias, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é um das iniciativas que estão ajudando pessoas carentes a sobreviver nesse período de maior agravamento da pandemia. Muita gente perdeu o emprego e está vivendo de doações.
É o caso de Elaine Freitas, que tenta encontrar uma maneira de afastar a fome que ronda os oito integrantes da família.
"Olhei para os meus filhos, para o meu armário e pensei: acabou. Não tem para onde correr. A gente vive das doações", disse Elaine.
História como a de Elaine se repete em todo o estado. O Rio de Janeiro foi o que mais perdeu postos de trabalho nos últimos seis anos, segundo a assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). De fevereiro de 2020 até janeiro deste ano, só com carteira assinada foram 118 mil postos encerrados, segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Se a situação está difícil para quem tinha trabalho formal, para quem sobrevive de biscate, como Maria José Silva.
"A gente fazia faxina. Agora que tudo fechou, não tem como correr para lugar nenhum. Eu não estou com renda nenhuma, a única coisa que eu recebo é o Bolsa Família. Para fazer alguma coisa não tem como, está tudo fechado. Ninguém está dando trabalho para ninguém, nem biscate", disse Maria José.
Rômulo Machado da Silva diz que o ajuda é o Movimenta Caxias. O projeto tem sido a salvação de muitas famílias na Baixada. No ano passado, com os meses de medidas restritivas mais severas, o projeto distribuiu mais de 26 mil cestas básicas em Duque de Caxias.
No meio do ano, a demanda estava estabilizada, mas com o fim do auxílio emergencial do governo federal, a procura por cestas básicas cresceu mais que o número de doações que o projeto recebe, como explica Vitor Lourenço, representante do Movimenta Caxias.
"A partir de agosto começou a diminuir mesmo. Em dezembro só conseguimos doar 300 cestas. De janeiro para cá, esse domingo, a gente só doou cem cestas", disse Lourenço.
Atualmente, o Movimenta Caxias tem pouco mais de 23 mil famílias cadastradas. Além das cestas básicas, o projeto também distribui quentinhas e um sopão semanal para moradores em situação de rua para trabalhadores informais.
Para não parar, o projeto conta com a ajuda de uma campanha nacional, a "Tem gente com fome", que levanta fundos para garantir a compra de alimentos. Tudo para ajudar quem não tem renda nesse período tão crítico.
"A gente tem feito com diversos coletivos, com diversas organizações, puxada pela Coligação Negra de Direitos, pela Anistia Internacional. O objetivo é ajudar mais de 223 mil famílias no país todo. As primeiras doações chegaram no domingo, mas ainda falta muito ainda para chegar aonde a gente quer", disse Lourenço.
Campanha da Casa Nem
A Casa Nem - que acolhe pessoas LGBTI - no Rio, também está fazendo uma campanha para arrecadação de alimentos para pessoas LGBTIs em situação de vulnerabilidade. A campanha tem como madrinha a funkeira Cariucha, madrinha da causa da diversidade.
A campanha acontece pela segunda vez devido a grande crise provocada pela pandemia. Em 2020, a Casa Nem distribuiu três mil cestas básicas e cinco mil garrafas d'água.
Veja os contatos para quem quer ajudar com os dois projetos
Movimenta Caxias
-Movimenta Caxias - Facebook
-@movimentacaxias - Instagram
Casa Nem (Grupo Transrevolução)
-BANCO DO BRASIL
-Agencia : 0392 - 1
-Conta: 118970 - 0
-GRUPO TRANSREVOLUÇÃO
-CNPJ : 27.720.290/0001 - 02
-Enviar o comprovante no e-mail : acolhenem@gmail.com
Via G1
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