A mãe da pequena Eloá Sophia, que faleceu com indícios de agressão, relatou que o pai da criança, principal suspeito de ter cometido a violê...
A mãe da pequena Eloá Sophia, que faleceu com indícios de agressão, relatou que o pai da criança, principal suspeito de ter cometido a violência, disse ter apenas dados “umas chineladas” na menina. Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense para apurar o caso, que aconteceu em Duque de Caxias.
Além de Eloá, de 3 anos, o outro filho do casal, de 1, também apresentou marcas de agressão. Ele foi internado no Hospital de Saracuruna, horas após a morte da irmã, com traumatismo craniano e múltiplas fraturas. O caso aconteceu no último sábado (12).
A menina deu entrada já sem vida na Unidade Pré-Hospitalar de Saracuruna. A direção do hospital disse que a vítima não apresentava sinais vitais e que os médicos realizaram manobras de ressuscitamento, porém foi constatado o óbito. Posteriormente, foram identificadas lesões e hematomas, o que levantou os indícios de agressões. A suspeita de que Eloá também possa ter sido vítima de abuso sexual só poderá ser esclarecida após o resultado do exame de necropsia.
Camila Pedroni, de 19 anos, é a mãe das crianças e acusa o pai, Luciano, de ser o autor do crime, já que o mesmo estava sozinho com os filhos quando a jovem encontrou Eloá desacordada. Ela precisou sair para comprar roupa e por isso deixou os dois sob os cuidados do homem.
“Eu voltei para casa e a primeira coisa que eu procurei foi minha filha. Quando eu fui no quarto, eu me deparei com a minha filha deitada na minha cama. Aí eu chamei ela, mas não respondeu. Vi que a minha filha estava mole, estava com o olho revirado, aí eu tentei dar água para ver se eu conseguia reanimá-la, mas não deu. Depois chamamos os vizinhos”.
Em seu relato, Camila disse que Luciano afirmou ter dado apenas chineladas na criança. “Eu perguntei, ele me disse que só deu umas chineladas na minha filha, mas minha filha estava toda roxa. No velório, nem a maquiagem tampou. A minha filha estava toda roxa, toda marcada”, disse a jovem, emocionada.
O suspeito não foi mais visto desde o dia da morte. Ele também teria agredido o filho mais novo. “Meu filho agora, nesse momento, está se recuperando. Agora ele já está me chamando, eu já estou podendo amamentar ele”. De acordo com a equipe médica, o quadro do bebê é estável e ele se recupera bem.
Camila prestou depoimento na Delegacia e foi liberada. O conselho Tutelar orientou que a jovem procure a DEAM para solicitar medida restritiva contra Luciano. Agora, ela enfrenta mais uma batalha, que é se defender dos julgamentos de que ela teria participação na morte da própria filha.
“Eu estou com medo, porque muitos estão falando que eu sou cúmplice, que eu matei a minha filha. Eu só peço, por favor, que parem. Eu tive que enterrar a minha filha, eu tive que deixar a minha filha lá (cemitério), eu tive que reconhecer o corpo da minha filha de três anos. Falaram que meu filho estava morto, mas meu filho está aqui no hospital. Eu estou sofrendo, eu perdi minha filha, ninguém sabe o que eu estou passando. Eu estou tendo que ser forte para cuidar dele, que ele só tem a mim. Pelo amor de Deus, eu peço que parem”, desabafou aos prantos.
Por Notícias de Duque de Caxias
Foto: Franquilin Teixeira/RecordTV
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