Polícia estoura fábrica clandestina de cigarros com 23 paraguaios em situação análoga à escravidão em Caxias

A Polícia Civil do Rio estourou  uma fábrica ilegal de cigarros paraguaios em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 23 paraguaios e um bra...

A Polícia Civil do Rio estourou uma fábrica ilegal de cigarros paraguaios em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 23 paraguaios e um brasileiro eram mantidos em situação análoga à escravidão.

De acordo com a polícia, Os paraguaios foram trazidos há três meses com a promessa de ganhar R$ 500, mas alguns deles disseram que não receberam qualquer salário desde que chegaram.

Policiais do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) participaram da ação, além de auditores-fiscais do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro.

Os trabalhadores eram mantidos em um quarto sem janelas no segundo andar do galpão - foto reprodução TV Globo

Segundo as investigações, os homens eram levados para a fábrica, onde trabalhavam 30 dias sem direito a descanso; Também eram proibidos de deixar o imóvel.

O Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal foram acionados, assim como a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O local ficará interditado.

Os homens vão prestar depoimento no DCOC nesta sexta e, depois, serão encaminhados para a Polícia Federal. Lá eles poderão explicar o motivo de estarem ali, antes que haja uma decisão para que sejam extraditados para o Paraguai.

É a primeira vez que a polícia estoura uma fábrica produzindo cigarros da marca Gift no Rio de Janeiro.

Essa mercadoria era contrabandeada e chegava no comércio popular com preços bem mais baratos do que os cigarros originais.

A partir de 2019 começou uma disputa territorial pela exploração da venda desse cigarro paraguaio, envolvendo traficantes, milicianos e até contraventores.

Via G1