A Polícia Civil está investigando a morte de um menino, de apenas dois anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Beijamin morreu afog...
A Polícia Civil está investigando a morte de um menino, de apenas dois anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Beijamin morreu afogado dentro de uma piscina enquanto estava sob os cuidados de um casal de amigos da mãe. Segundo a família, o afogamento aconteceu por negligência.
O caso ocorreu na última quinta-feira, quando a mãe da criança precisou deixar Beijamin Aquino com os dois para poder ir trabalhar. Ela conta que esta foi a primeira vez que tinha deixado o filho sob os cuidados da dupla. “Eu nunca deixei meu filho com eles, que eu sempre tive a minha mãe, o pai dele, minha irmã, minha sogra. Só que nesse dia eu tive que ir trabalhar, eles falaram que eu poderia deixar meu filho e eu deixei meu filho e fui trabalhar.”
A diarista Lorraine relembra que o casal mandou mensagem pedindo para levar o menino para uma piscina, o que a mãe inicialmente negou, mas após insistirem, ela acabou cedendo. “Eu falei que era melhor não porque ele era frágil de saúde, era muito branco, que era melhor não. Ele me mandou falando: ‘não, vou levar a criança um pouquinho pra ele se distrair’. Aí eu falei: ‘então você leva, passa o protetor nele, bota o boné nele, mas o tempo todo você fica de olho que se você piscar o Beijamin tá aprontando. Que ele brinca de ficar afundando a cabeça porque ele não entende. Só olha ele por favor.’ O tempo todo no áudio eu falava: ‘cuida do meu filho, por favor.’ E ele: ‘pode deixar que a gente vai cuidar, vai ficar perto’”.
Como se pressentisse o pior, a mãe da criança começou a passar mal no trabalho e pouco tempo depois recebeu uma ligação, onde o amigo dizia que Beijamin tinha engasgado. “Ele me ligou falando que meu filho tinha se engasgado com uma batata, que ele foi pro hospital desacordado.”
Lorraine, então, foi direto para a Unidade de Pronto Atendimento, onde o menino foi socorrido, e acabou recebendo a pior notícia possível. O médico que atendeu a criança informou que mesmo após todos os procedimentos, Beijamin, que já estava com muita água no pulmão, não resistiu.
O local do afogamento é um bar, localizado no bairro Pantanal. O pai da vítima foi até o estabelecimento e conversou com o dono. “A distância que eles pegaram a mesa, não dava pra ver a criança. Como ela é funda (a piscina) e pela altura, não dava pra ver. E largaram ele lá e ficaram bebendo”, relatou o pai.
Testemunhas disseram que Beijamin já teria deixado o local desacordado e que foi levado direto para a UPA. Além disso, relataram que o casal teria tentado fugir da unidade, mas foi impedido pelo segurança. Eles foram conduzidos para a Delegacia e acabaram liberados após serem ouvidos. Em depoimento o homem disse que foi até a cantina para comprar água para o menino e que ao retornar o encontrou deitado na água como se estivesse boiando.
“Segundo ele, não se preocupou muito em deixar o Beijamin na piscina, mesmo sem boia, porque a piscina ‘tava’ rasa, dava altura para o Beijamin”, informou o Delegado responsável pelo caso.
Segundo o laudo do IML, a causa da morte foi por asfixia mecânica por afogamento. A polícia investiga e espera ouvir novos depoimentos para chegar a uma conclusão. O casal fugiu deixando todos os pertences, inclusive documentos na casa da mãe da criança.
O advogado do suspeito disse que desde o início das apurações o cliente está à disposição da Justiça e colaborando para a elucidação do caso. O suspeito aproveitou para manifestar o pesar pelo falecimento da criança e prestar solidariedade à família.
Por Notícias de Duque de Caxias
COMENTÁRIOS