Socos, chutes e pontapés. Foi assim que a professora Luciana Andreia de Oliveira, 48 anos, foi agredida na sala dos professores, na última s...
Socos, chutes e pontapés. Foi assim que a professora Luciana Andreia de Oliveira, 48 anos, foi agredida na sala dos professores, na última sexta-feira, no Colégio Estadual Bairro Senhor do Bonfim, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A agressão veio de um dos professores da unidade onde ela atua como auxiliar de secretaria.
"Cheguei atrasada porque tive um problema em casa com a minha geladeira, mas avisei para minha diretora. Quando entrei na sala dos professores o outro professor me deu três tapas nas costas e disse: 'chegou cedo para amanhã, hein'. Eu não o respondi e relatei o ocorrido para uma das funcionárias de apoio. Em seguida ele veio com agressões verbais, me jogou na porta, me xingou e me deu um soco", conta Luciana.
A professora relata que outros funcionários da escola chegaram e separaram a briga. Ela foi colocada para fora. Mais calma, ela disse que ia chamar a polícia e a coordenadora educacional da escola tentou fazê-la desistir. Foi então que ela começou a registrar tudo pelo celular.
"Ela me disse que eu não chamar ninguém, mas eu afirmei que chamaria polícia porque eu tinha sido agredida. Queriam limpar o sangue causado pelos machucados e me trataram como se eu fosse a culpada. Foi então que eu percebi que tinha que filmar tudo para registrar".
Luciana mostra ferimentos causas nas agressões - Reprodução |
Após a primeira discussão, Luciana voltou à sala dos professores para pegar seus pertences, incluindo sua marmita que esquentava no microondas. Ao entrar na sala, ela afirma ter sido novamente xingada pelo outro professor. Então, a briga recomeçou.
"Ele me xingou pela terceira vez, disse coisas horríveis. Eu perdi a cabeça depois dele ter me batido e me xingado novamente. Joguei nele uma travessa de salada que estava na minha mão. Então, ele veio pra cima de mim, me jogou no chão e me chutou".
Luciana mostra ferimentos causas nas agressões - Reprodução |
A polícia foi chamada para o local e o caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias). "Eu não sei porque isso aconteceu, não fiz nada com ele. Temos contato apenas uma vez por semana. Eu nunca achei que isso ia acontecer comigo. Está difícil, eu não desejo isso pra ninguém", diz a professora, chorando.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar confirmou que foi chamada para a ocorrência e no local PMs foram informados que dois funcionários da referida unidade escolar haviam se desentendido e agredido um ao outro.
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"Na sexta-feira (17), equipe do 15°BPM (Duque de Caxias) foi acionada para verificar uma ocorrência de lesão corporal em uma escola na Rua Dr. Arruda Negreiros, no Parque Senhor do Bonfim. No local, os policiais foram informados que dois funcionários da referida unidade escolar haviam se desentendido e agredido um ao outro. Os agentes levaram os envolvidos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque Beira Mar e, após atendimento médico, a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) – Duque de Caxias", diz a nota.
Já a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Duque de Caxias afirmou que instaurou procedimento para apurar a agressão e que a investigação está em andamento. A polícia informou ainda que testemunhas e os envolvidos prestaram depoimento na unidade e imagens de câmeras de segurança foram requisitadas à escola para análise.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que não compactua com a violência e que está tomando as devidas providências.
Leia nota na íntegra:
"No último dia 17 de dezembro, dois servidores da pasta, lotados na EE Bairro Senhor do Bonfim, em Duque de Caxias, se envolveram em uma briga dentro da unidade. A Polícia Militar foi acionada e ambos foram conduzidos para a delegacia para registro do caso.
A Seeduc informa ainda que não compactua com qualquer tipo de violência e que a corregedoria interna já está tomando as devidas providências, estando ambos suspensos de suas atividades por 30 dias para a apuração dos fatos".
Via O Dia
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