Thiago Galdino no momento em que foi preso Foto: Rafael Nascimento de Souza / Agência O Globo A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta...
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Thiago Galdino no momento em que foi preso Foto: Rafael Nascimento de Souza / Agência O Globo |
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, três homens suspeitos de estarem ligados diretamente com o assassinato do investidor e influenciador digital Wesley Pessano Santarém, de 19 anos, morto a tiros em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos (RJ), no último mês. Os detidos são Thiago Julio Galdino, Bruno Luzardo Vidal Sabajes, Valder Janilson Chaves dos Santos. Fabio Natan Nascimento, mais conhecido como FB, já é considerado foragido. A operação foi batizada de Pullback (expressão que remete a um movimento de correção repentino que contraria a tendência do mercado).
Morador de Rio das Ostras, também na Região dos Lagos, FB é apontado pela polícia como o principal articulador do bando. De acordo com a investigação, Fábio participou de toda a empreitada criminosa. Ele estaria no Nissan Versa preto que seguiu o veículo da vítima, que dirigia um Porsche vermelho a uma barbearia, e teria ligação com Edson Marinho, morador de Rio das Ostras, preso na primeira fase da operação.
Roberto Silva Campanha, apontado como o executor, foi levado de Nova Iguaçu para a Região dos Lagos, em 3 de agosto, quando ocorreu o assassinato, em um carro (um HB20 cinza-chumbo) dirigido por Bruno, que retornou à Baixada Fluminense no mesmo dia. Roberto foi preso dias depois. O HB20 foi encontrado na casa de Bruno pelos agentes que participam da operação.
Após ser levado para a Cidade da Polícia, Thiago negou participação na execução de Wesley— Eu não participei desse crime. Eu tenho casa lá (em Cabo Frio) há um ano. Eu não porto arma e não tive problemas com a Justiça. Eu não tenho nem noção por que eu estou send
Agentes da força-tarefa criada para investigar a execução do homem estão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil quer entender o que motivou a morte do rapaz, e uma queima de arquivo não é descartada.

Wesley Pessano tinha 124 mil seguidores nas redes sociais Foto: Reprodução
A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar a morte do investidor, além de outros crimes que podem estar ligados ao mercado de criptomoedas em Cabo Frio, também na Região dos Lagos. Os agentes não descartam que o rapaz executado estivesse envolvido numa disputa entre grupos concorrentes que investem em moedas virtuais ou que ele possa ter causado prejuízo a uma pessoa. Outra hipótese levantada é a de queima de arquivo.
Esquemas de pirâmide investigados
Uma investigação sigilosa do Ministério Público do Estado (MP-RJ) apura uma suposta "guerra" entre empresários que prestam consultoria para pessoas que querem investir em moedas virtuais – como os bitcoins – em Cabo Frio e em cidades vizinhas. A investigação veio à tona após a morte de Wesley.
Está a cargo da Promotoria de Investigação Penal de Cabo Frio o comando da apuração dos casos. Há alguns dias, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o (Gaeco) também passou a investigar os crimes. De acordo com o MP, "os casos estão sendo investigados, mas não é possível fornecer detalhes por se tratar de investigação sigilosa". O GLOBO apurou que a Ouvidoria do órgão tem recebido ligações anônimas com informações sobre os possíveis crimes cometidos na disputa pelo domínio de carteiras de clientes que investem em criptomoedas naquele município e em cidades das imediações.
A Polícia Civil investiga ao menos dez empresas que estariam promovendo pirâmide em Cabo Frio.
Via Extra
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