Imagem reprodução Tv Globo Um adolescente de 16 anos morreu nesta segunda-feira (19) na porta de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), em...
![]() |
Imagem reprodução Tv Globo |
Um adolescente de 16 anos morreu nesta segunda-feira (19) na porta de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (veja mais no vídeo acima). A mãe contou que implorou por socorro, mas o atendimento só chegou depois que o garoto já não estava mais respirando. A família denunciou o caso à polícia, mas a prefeitura nega omissão.
A mãe conta que pediu ajuda a um bombeiro civil, que os levou de carro até a porta da UPA pediátrica Dr. Walter Garcia Borges, em Caxias.
“Chegando lá, a gente abriu a porta do carro, eu pedi socorro, do carro (...). E um funcionário da UPA gritou dizendo que 'estou recebendo ordem do meu coordenador, não atendemos 16 anos'. E ele [o adolescente] estava com falta de ar, que ele tem crise”, contou a mãe Patrícia de Albuquerque.
![]() |
Imagem reprodução Tv Globo |
A mãe do Robson contou que ficou mais ou menos 15 minutos em frente a UPA pedindo socorro e esperando que alguém fosse prestar atendimento. Enquanto isso, o bombeiro civil que ajudou a família tentava reanimar o jovem.
Robson parou de respirar. Segundo a mãe dele, só depois disso um funcionário da UPA foi até o carro.
“Não houve socorro por parte do hospital. Em todo momento, eu gritei, tinha pessoas falando: 'Gente, é uma criança'. Eu gritei ‘ele não está respirando’, e ninguém ajudou. Eles só tiraram o menino de dentro do carro depois que ele já tinha falecido, não estava respirando. Eles apareceram e o colocaram dentro do hospital já falecido”, disse Patrícia.
Um laudo entregue pela UPA à mãe de Robson apontou que o adolescente teve insuficiência respiratória, broncoespasmo e asma brônquica. O óbito foi registrado em um cartório de Duque Caxias na manhã desta terça-feira (20).
A família do adolescente registrou um boletim de ocorrência na delegacia contra a UPA, por omissão de socorro.
“O sonho dele era jogar bola. Ele não fazia outra coisa, era estudar, estudar e jogar bola, estudar e jogar bola, cara”, lamentou o pai do jovem, Robson Pantaleão de Melo.
A Secretaria Municipal de Saúde de Caxias disse que desconhece as informações relatadas pela família e afirmou que a mãe do Robson chegou à UPA pedindo uma maca e que, enquanto um supervisor foi buscar o equipamento, um enfermeiro e dois médicos foram até o carro e constataram que o adolescente já não tinha reação.
Ainda segundo a secretaria, mesmo assim o garoto foi levado para dentro da UPA, e a equipe de emergência usou os recursos disponíveis sem sucesso, confirmando a morte.
A Polícia Civil disse que a família registrou o caso na Delegacia de Caxias e já prestou depoimento. Agora, devem ser ouvidas testemunhas que trabalham na UPA.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB disse que foi procurada pela família e vai oficiar a direção da UPA e a 59ª DP para, a partir das respostas, tomar as medidas necessárias.
Via G1
COMENTÁRIOS