Mães de alunos denunciam a situação precária da Escola Municipal Álvaro Alberto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O local é tombado como patrimônio histórico, mas está abandonado e com uma obra parada.
Escola Álvaro Alberto está com uma obra paralisada e vem sendo invadida por criminosos. Projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, prédio completa 100 anos em 2021.
DUQUE DE CAXIAS - Mães de alunos denunciam a situação precária da Escola Municipal Álvaro Alberto, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O local é tombado como patrimônio histórico, mas está abandonado e com uma obra parada. A escola vem, inclusive, sendo invadida por criminosos, que furtam material do prédio.
A escola foi projetada pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa e foi tombada como patrimônio histórico e material em 2017.
Alguns pais temem que a degradação seja ainda maior quando os alunos retornarem às aulas presenciais.
"Pedimos socorro, uma ajuda para que isso tenha fim, porque as crianças ainda não voltaram às aulas pelo momento que estamos vivendo, pela pandemia. Mas ficamos pensando quando as crianças retornarem às aulas, como será, nessa situação toda. Estão acabando com a escola, destruindo a escola, nós queremos uma solução, nós queremos pelo menos o término da obra da escola", disse Maria Lúcia, mãe do estudante Caíque.
Outra mãe de aluno lamenta ver a escola abandonada. Segundo ela, à mercê de ratos e ladrões. Ela diz que é triste ver um prédio tão bonito, e que em 2021 completa 100 anos, se acabando.
Em junho, criminosos invadiram e furtaram a escola. As câmeras de segurança registraram a ação de um suspeito, que arrombou e quebrou a porta de salas e levou uma cadeira de rodas e ventiladores.
As mães contam que também este ano o segurança da escola chegou a impedir uma tentativa de furto. O muro que poderia ter evitado a invasão caiu depois que o terreno cedeu. A erosão, segundo as mães, foi causada pela derrubada de árvores centenárias da região para a construção de um shopping.
Pais e professores dizem que a obra deixou a escola vulnerável. Ela começou em maio de 2018, quando parte do muro caiu. A prefeitura começou a reconstrução, mas a obra parou em outubro do ano passado. O tempo está passando e a situação está cada vez pior.
A representante do Sindicato dos Professores Helenita Bezerra diz que vem tentando conversar com a Secretaria de Educação e com o Conselho Municipal de Cultura, mas não teve retorno.
"Primeiro a gente está falando de segurança, a segurança de quem trabalha e quem estuda nessa unidade. Quando você tem o portão, a porta, o porteiro, você tem uma segurança escolar. Quando você tem a situação do muro caído, você tem a situação de insegurança. Insegurança porque os alunos podem acessar essa área que está prejudicada. Temos muitos alunos de classes especiais, a gente precisa ter um cuidado redobrado", disse Helenita.
A Prefeitura de Duque de Caxias informou que a escola passou por uma reforma geral e que a obra do muro de contenção teve de ser interrompida por causa da pandemia, que dificultou a entrega de material, equipamentos e mão de obra para o trabalho. A prefeitura disse que a obra será retomada em breve. E que o roubo foi registrado na delegacia.
Via G1
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