Risco de explosão em Duque de Caxias após vazamento de combustível durante tentativa de furto

DUQUE DE CAXIAS - Uma tentativa de furto de combustível causou o vazamento de gasolina de um oleoduto no bairro Parque Capivari, em Du...

DUQUE DE CAXIAS - Uma tentativa de furto de combustível causou o vazamento de gasolina de um oleoduto no bairro Parque Capivari, em Duque de Caxias (RJ), na madrugada desta sexta-feira (26 de abril). A Transpetro, subsidiária da Petrobras, disse que há risco de explosão e que bombeiros retiraram moradores de casa para evitar intoxicação pelo forte cheiro.

Cinco pessoas precisaram de atendimento médico. O caso mais grave é o de uma criança de 9 anos que se queimou ao cair em uma poça de gasolina. Uma funcionária da empresa, que tentou conter o vazamento, também ficou ferida. Duas das vítimas já foram liberadas e três seguem no Hospital Adão Pereira Nunes.

Por volta de 1h da manhã, uma quadrilha instalou uma mangueira no duto da Transpetro para roubar o combustível, informou o comandante do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros, Fábio Andrade. Perto de 1h50, os bombeiros foram chamados. Bombeiros de três quartéis foram ao local. O combustível não chegou a jorrar, mas entrou em contato com o solo.

“O vazamento está muito pequeno, foi basicamente controlado. Mas existe o risco, logicamente, pois tem muito produto no terreno. Mas as casas já foram evacuadas, os residentes que tinham em volta. O trabalho de remoção do produto vai começar", afirmou o bombeiro.

O Corpo de Bombeiros encerrou os trabalhos às 8h e a Transpetro trabalha para conter o vazamento no duto perfurado.

Equipes trabalham na contenção e avaliação dos danos causados pelo vazamento de combustível em Duque de Caxias, no RJ — Foto: Reprodução/ TV Globo

Por medida de segurança, a Light, concessionária de energia, desligou a luz dos moradores do entorno do local onde ocorreu o vazamento.

Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vão para o local para avaliar o risco de contaminação do solo e para os moradores.

Bombeiros estão no local de tentativa de roubo de duto da Transpetro em Duque de Caxias — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Duque de Caxias

Local onde aconteceu tentativa de furto em duto da Transpetro em Duque de Caxias — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Duque de Caxias

Relatos de moradores

Muitos moradores do bairro Amapá, que é próximo do local do vazamento, tiveram que sair de casa. Segundo eles, o forte cheiro começou por volta das 2h da manhã.

“A gente está aqui na subida de Petrópolis, a gente subiu a serra. Com muito medo do que aconteceu no bairro Amapá. Teve um vazamento muito grande, o cheiro muito forte”, contou um morador, afirmando que optou sair com a família de casa.

Outros moradores disseram que tiveram vômitos e náuseas. "Desde 2h30 da manhã eu estou sem dormir. Foi uma correria, todo mundo saiu de casa, um levantando, chamando o outro. Conforme eu liguei para a Petrobras, eles falaram para eu acordar as crianças, não deixá-las dormindo. Foi o que eu fiz", contou outro morador.

Os bombeiros orientaram os moradores a cobrir os rostos com toalhas úmidas para evitar uma intoxicação.

Um caso semelhante, em dezembro do ano passado, foi causado por uma tentativa de roubo a um duto da empresa em Magé, também na Baixada Fluminense. Na ocasião, 60 mil litros de óleo vazaram no Rio Estrela, que deságua na Baía de Guanabara.

Carros do Corpo de Bombeiros na região onde teria acontecido o vazamento — Foto: Reprodução/ TV Globo

Local onde teria ocorrido vazamento conta com carros dos bombeiros e ambulâncias em Duque de Caxias — Foto: Reprodução/ TV Globo

Nota da Transpetro

A subsidiária da Petrobras disse que "está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da comunidade do entorno, mobilizando todos os recursos para minimizar os impactos dessa ocorrência e prestando assistência às pessoas afetadas".

Segundo a Transpetro, as operações do duto foram interrompidas e as autoridades competentes comunicadas. "A companhia colabora com as investigações das autoridades e tem como maior preocupação a segurança das famílias."

Por Cristina Boeckel, Elza Gimenez, Genilson Araújo e Raquel Honorato, G1 Rio e TV Globo

Via G1